giardini di mirò - rise and fall of academic drifting
descobri este álbum ontem e apesar de não ser um grande adepto do pós-rock, este trabalho prendeu-me. tenho estado a ouvi-lo ao longo do dia, depois de ontem ter descoberto duas músicas. é uma banda na linha de mogwai, gybe! e dirty three, que apresenta um conjunto de canções hipnóticas, melodiosas, doces, que nos fazem navegar... sonhar. as entradas do violino, por vezes, roçam a perfeição. embalam. destaco "pearl harbor", entre dirty three e godspeed, e "a new start (for swinging shoes)", esta mais godspeed. para continuar a ouvir.
superego - primavera em janeiro entrega-te então
aos meus cuidados
se não queres tentar
construir do ar
as tuas mãos
armas descalças
que se enovelam
ao tentares falar
e cai cai
e a noite cai
mesmo ao nosso lado
e cai cai
e a noite cai
é primavera em janeiro
e quanto custa existir
em busca de um rumo
que traga sentido
ao nosso lugar
e quanto custa continuar
a acreditar
no dever de assumir
no bem e no mal
eu quero agradecer
a quem ficou para trás
para hoje eu ser livre
de decidir
mas sem esquecer
que a um estatuto
corresponde um papel
entrega-te então
aos meus cuidados
se vais desistir
de procurar
entrega-te então
aos meus cuidados
quando desistires
de lutar
e cai cai
e a noite cai
mesmo ao nosso lado
e cai cai
e a noite cai
é primavera em janeiro.
só tenho pena que existam guitarras eléctricas e bateria nesta canção. num registo intimista - guitarra acústica e voz - como no pequeno aquiles, esta canção seria ainda mais brutal do que é assim, em termos sonoros.
e está tudo dito, não está? (não precisamos de dizer mais nada. isto aconteceu. isto acontecerá.)
regressei de vila do conde. é óptimo estar lá só de passagem. tudo continua igual. só os prédios em construção é que parece que cresceram mais um bocadinho.
trouxe o álbum dos superego. a lenda da irresponsabilidade do poeta.
descobri o leonard's lair. não sei se alguém já conhecia, mas parece-me um site interessante, com vários comentários e análises a álbuns, um pouco no estilo do scaruffi. a visitar.
alex, dei um salto ao trinta e dois e li, com particular agrado, que ouviste recentemente o "mar d'outubro", dos sétima legião. é um álbum que me agrada muito, embora não seja o meu preferido deles, já que acho o "a um deus desconhecido", disco lançado pela fundação atlântida, a maior pérola dos anos oitenta, em relação a bandas portuguesas. peguei no "mar d'outubro" e estou a reouvi-lo com particular agrado. a alternância entre faixas com voz e instrumentais é excelente. são os elos perfeitos. vai ser ao som do álbum que vou ler durante duas horitas, antes de dar um salto a vila do conde. hoje não me apetece dormir, muito menos quando ouço um disco que tem um intrumental fabuloso como é o "noites brancas" . realço também "saudades", para mim, uma das melhores canções da banda e "além tejo" , para já não falar das duas canções mais conhecidas do álbum: "sete mares" e "noutro lugar", dois dos maiores êxitos da banda. mas o álbum não tem momentos baixos (nem médios). é bom, muito bom. já o disse uma vez, penso que ao frei e ao iuri, mas repito: esta foi, sem dúvida nenhuma para mim, a melhor banda portuguesa dos anos oitenta e foi com eles que uma pequena revolução começou.
são 3:40. braga está adormecida. a janela está aberta. vejos luzes, muitas luzes. um horizente negro com muitas manchas amarelas. todos parecem dormir, menos eu. o sameiro está bem lá ao fundo, bem iluminado. vislumbro-o, enquanto escrevo no teclado que está sobre a mesa. a mesa está repleta. o apartamento completamente desarrumado. confuso, mas, mesmo assim, organizado na desorganização que me caracteriza. na mesa tenho quase tudo: o monitor, para além do teclado ; o modem ; duas colunas de onde sai o som do miguel a cantar "homeward bound", na gare do oriente, na alvorada de 22 de julho de 2001 ; 11 latas vazias, acompanhadas por 2 compal light laranja/tangerina vazios, um pacote de sumo natural de laranja e um santal de laranja e cenoura, para não variar, vazio ; depois, há dezenas de maços de tabaco vazios, e um, apenas um, com alguns cigarros, que vou fumando ; cigarrilhas café creme, sete, como a canção ; quatro cinzeiros, dois deles repletos, mais outro, que foi uma lata de bolachas, com centenas de beatas, pois já estou há quinze dias em braga ; um isqueiro ; um zippo ; três canetas, mas já só duas escrevem ; um caderno com canções do cais de veludo ; papeis soltos, imensos, não os consigo contar, uns em branco, mas a maior parte com escritos diversos ; um tubo de cola da ana ; o meu porta chaves ; uma tesoura, muito porreira para auxiliar a abrir as latas, pois não tenho unhas ; alguns cd's - um triplo do mahler, três tristes tigres, lulu blind, mp3's - espalhados ; o meu cartão da faculdade ; o comando da aparelhagem ; fita cola, que não uso, nem sei porque está ali ; uma chávena de café vazia (e suja) ; e, para acabar, plásticos de bolachas e sobretudo de maços de tabaco ; uma caixa de mortalhas smoking vazia (que não era minha) ; o mini disc ; a lista telefónica de braga (alô, prato voador!) e cinza, cinza, muita cinza, espalhada por todos os lados [e manchas das chávenas de café].
amanhã, vou a vila do conde, visita rápida. ao final da tarde, regresso ao oriente selvagem de mim.
tento ser muita coisa ao mesmo tempo. o que não quer dizer que consiga. tu sabes. é impossivel dizer quem é que de nós está no lado errado. eu também cruzo os braços, enquanto não apareces. mas os olhos - perdidos - mantêm-se presos à janela, à porta. aguardando a tua chegada. demora dolorosa. sei que nem sempre tenho razão. como tu também sabes. mas sei o que estou a fazer. será que tu sabes? só me resta esperar.
pois é. decidi que não vou fazer a frequência de amanhã. não gosto de perder, daí que prefiro montar uma estratégia de ataque para junho/julho. os sintomas gripais não me ajudam a concentrar e a vontade não é mesmo nenhuma. restam os testes de consulta. e depois ar....
ouço mundo livre s/a. os dois primeiros álbuns. é um bom som para tardes assim.
encontrei um álbum acústico de cure que estava por aqui perdido. ainda não o tinha ouvido. estou a ouvi-lo calmamente. cure é muito bonito neste formato acústico. e até esqueço a aversão pela voz - nunca pelo estilo - do robert smith.
estou a ficar viciado na "just like heaven". e tudo começou, por culpa do frei. doce culpa.
acabei de regressar de mais uma noite de sexta feira mística. agora vêm dois dias de intenso labor. e o descanso. ouvi cure, em casa do frei, e gostei. ainda canto a "just like heaven". será desta?
"the ox & the rainbow". ou seja, o boi e o arco íris. dave fischoff. só posso dizer após as primeiras audições deste álbum, que aqui está um dos álbuns mais bonitos que ouvi até hoje. transborda sentimentos. e consigo ver esse arco íris, na beleza absoluta de "we break up and watch the angels swim" e na balada fodidamente bela "geranium", proposta maravilhosa para dias nublados e chuvosos ou para banda sonora de momentos mais intimos. e nestas duas canções garantimos dez minutos de puro deleite, dos melhores que 2001 nos propiciou. dave consegue despir-nos. possui-nos. e as restantes seis canções são também momentos de pura arte, viagens ao fundo dos nossos sentimentos, em que se prolongam alguns delírios fischoffianos, já revelados, em parte, no trabalho anterior, como são exemplo o demencial "propaganda for a comic strip" , o delicadamente sofrido "blemish and a bowl of oranges" , outra canção arrebatante, com o tocar dos sinos e a presença de uma voz feminina, ou então, o extremamente sentido "the science of raindrops" , em que só se ouvem vozes, sem acompanhamento musical, durante grande parte da canção. este é, sem dúvida, o meu álbum do mês.
o que vale é que a padaria é mesmo aqui em baixo. hoje.. chove. pouco, mas chove e molha. esta semana acho que houve chuva e sol todos os dias. uma espécie de regresso à braga que conheço. e já aqui estou há quase duas semanas consecutivas e ainda não dei por isso.
(já almocei. daqui a pouco vou estudar. scout niblett acompanhada pelo primeiro dunhill do dia.)
acordei agora. ontem fiz uma maratona até às sete da manhã. adormeci entre o novo álbum do dave fischoff e músicas soltas da scout niblett. espero encontrar o seu álbum rapidamente. estou a adorar as suas canções. valeu a pena a madrugada. agora vou ver se almoço. entretanto, já chegaram mais álbuns: dismemberment plan - change ; azure ray - azure ray ; new pornographers - mass romantic. não me apetece ouvi-los, já. e já só tenho 700 mb para downloads até dia 31. em principio, mais álbuns só para a semana. enfim, hoje será uma tarde de estudo, como as próximas duas. depois, vou ter muito mais tempo. vou até à padaria. já é tarde para chamar o prato voador. volto já. (preciso de tabaco).
sinto-me fora de jogo. a minha equipa joga deliberadamente ao ataque. a tua defesa é frágil. o teu ataque não existe. preferes o meio campo. jogas na contenção. na troca constante do esférico. e, assim, não nos cruzamos. não nos tocamos. não estará na altura de lançares três avançados?
regressei. entretanto já chegaram os álbuns da lucinda williams e witness. ainda é cedo para os ouvir. prefiro ouvir as primeiras canções do novo álbum dos american analog set. das três que já ouvi, centro-me em "choir vandals". a melodia transmite-me calma. tudo parece tão lento. demasiado lento.
estou a ouvi-la. esta foi a primeira canção do "protection spells" que fixei. lembro-me de ter escrito parte de uma canção do cais de veludo a ouvi-la. lua morta, se não me engano. em repeat, pois claro. é demasiado triste. crua. cheira a partida. sem regresso. a guitarra vagarosa e espaçada parece perdida. mas está lá. e de que maneira. e é lindo, sentirem-se passos, movimentos e objectos a cair ao chão. gravação caseira em cassete, segundo consta, pois o jason molina gosta de trabalhar assim.
the world at the end of the world
it runs the length of the world
it runs the length of the world
and it gets heavy like woman's secret
and it gets heavy like woman's secret
and full of sorrow like a sudden thing
the ancestors of shadow the ancestors of smoke
the memory at night
the strength to face the world
at the edge of the world
the strength to face the world
at the edge of the world
lucinda williams - essence (não a conheço. vi este álbum referenciado em várias listas de melhores do ano, na listmania do amazon.com, de pessoas com gostos, de certa forma, similares aos meus. pelo que pude perceber trata-se de uma escritora de canções, numa linha folk(rock)-country. tenho tido algumas boas surpresas nessa área. será mais uma?)
witness - under a sun (não conheço a banda, embora já tenha ouvido falar dela, como uma banda que faz um cruzamento entre radiohead e verve, na linha de travis e muse. descobri o álbum como segundo do ano de 2001, na lista do joe tangari, da pitchfork)
american analog set - know by heart (banda que já conheço e de quem tenho dois trabalhos discográficos, um deles (" from our living room to yours") gravado em cd-r, já que depois de o ouvir em mp3, apeteceu-me ouvi-lo a partir da aparelhagem. descobri esta banda o ano passado e surpreendeu-me muito positivamente. tenho alguma expectativa em relação a este trabalho, que vem na sequência do anterior "golden hours", o qual já não gostei tanto em relação ao "from our living room to yours".)
múm - yesterday was dramatic, today is ok (banda islandesa de electrónica ambiental - som que ando a ouvir muito pouco, por desinteresse - teve este disco em várias listas dos melhores do ano. isso aguçou-me o apetite em relação a este álbum, cujas faixas têm títulos tão sugestivos e interessantes como o do disco, sabendo também que as irmãs gémeas gyða e kristín anna valtýsdóttir fazem parte da banda. quem são as meninas? as duas gémeas que aparecem na capa de "fold your hands child, you walk like a peasant", dos belle and sebastian.)
les savy fav - go forth (outro dos discos que aparece referenciado em várias listas dos melhores de 2001, estando, por exemplo, no primeiro lugar da lista do john dark, da pitchfork. desconheço a banda. será uma descoberta, embora saiba que uma das suas principais influências são os fugazzi, banda que ainda não explorei, porque do que já ouvi, não me senti particularmente atraído.)
crooked fingers - bring on the snakes (projecto a solo de eric bachmann, líder dos archers of loaf. é outro álbum que está em várias listas dos melhores do ano. segundo li, é um trabalho na linha dos mais escuros de nick drake, leonard cohen ou tom waits. no mínimo, apetecível.)
e, hoje, fico-me por aqui. ainda tenho 1.3G de downloads para fazer até dia 31 de Janeiro. há que aproveitar. e cá está a importância das listas na descoberta de novos trabalhos. os resultados chegarão, daqui a uns tempos, após as audições.
cais de veludo. perdidos no campo (II). (braga, primeiras horas do dia 20/12/2001)
já não ouvia cais de veludo há três dias. lembro-me perfeitamente da madrugada em que o iuri perguntou-me se conseguia ouvir as canções, sem pensar que era a nossa banda. disse-lhe que não. hoje já consigo. e gosto muito. a esta gravação só falta a voz da ana, para ficar perfeita. é um pré mote para uma tarde de estudo. pois, as amostragens chamam por mim. assim como os inquéritos e os questionários. vão ser quatro dias dolorosos. uma grande seca. mas já falta pouco, muito pouco ....
outra música que ouço em repeat. e penso que é assim que se deve ouvir. o jason molina transborda tristeza. a cantar. a tocar. e depois, os ruídos de fundo: água a cair (será chuva?), barulhos estridentes, sente-se algo a arder... e um assobio desolador, que acompanha a voz, como que embalando a dor, só que transmitindo ainda mais perda. vazio.
esta preciosidade está no "protection spells", um disco de edição limitada, escrito e gravado (em casa) num curto espaço de tempo, e todo ele carregado de dor. lento e pesado. muito pesado. extremamente carregado (entre a neblina densa e a chuva permanente).
fire on the shore
shut you eyes across the uneven road
the sun shuts his eyes
the sun shuts his eyes
he is asking everywhere for you
he is asking everywhere for you
but I keep a wide eye open to the flame
but I keep a wide eye open to the flame
tonight there is a fire
tonight there is a fire
tonight there is a fire on the spanish shore
tonight there is a fire on the spanish shore
the fire is not my home it has come to be my home
and if the fire is not my home it has come to mean my home
ouço unwound. we invent you, em repeat. esta canção prolonga-se infinitamente. a voz do justin trosper continua a ecoar. a entrada suja-hipnótica com um órgão marado, logo seguido da(s) guitarra(s) é avassaladora.
os 125 álbuns mais importantes da minha vida (janeiro 2002):
01. ok computer, radiohead
02. lado errado da noite, jorge palma
03. um zero amarelo, um zero amarelo
04. morning lake forever, dakota suite
05. what would the community think, cat power
06. v, legião urbana
07. pequeno aquiles, pequeno aquiles
08. ama romanta sempre!, v/a
09. sex symbol, pop dell'arte
10. muller no hotel hessischer hof, mão morta
11. closer, joy division
12. pano cru, sérgio godinho
13. the boatman's call, nick cave & the bad seeds
14. the bends, radiohead
15. ladies and gentlemen we are floating in space, spiritualized
16. pink moon, nick drake
17. i, tindersticks
18. alone with everybody, dakota suite
19. things we lost in the fire, low
20. songs for a barbed wire fence, dakota suite
21. a um deus desconhecido, sétima legião
22. songs of leonard cohen, leonard cohen
23. ocean rain, echo & the bunnymen
24. mão morta revisitada, mão morta
25. permanent, joy division
26. a noite, josé mário branco
27. free pop, pop dell'arte
28. so tonight that i might see, mazzy star
29. the lioness, songs: ohia
30. i never asked the light, lullaby for the working class
31. coisas que fascinam, mler ife dada
32. arriba! avanti, pop dell'arte
33. só, jorge palma
34. it's a wonderful life, sparklehorse
35. dummy, portishead
36. cure for pain, morphine
37. primavera de destroços, mão morta
38. dois, legião urbana
39. visita de estudo, três tristes tigres
40. kid a, radiohead
41. screamadelica, primal scream
42. amnesiac, radiohead
43. líricas, zeca baleiro
44. sobreviventes, sérgio godinho
45. de gainsbourg à gainsbarre, serge gainsbourg
46. unplugged in new york, nirvana
47. live seeds, nick cave & the bad seeds
48. deserter's songs, mercury rev
49. o espírito da paz, madredeus
50. ser solidário, josé mário branco
51. cantigas do maio, josé afonso
52. rádio macau, rádio macau
53. mar d'outubro, sétima legião
54. various positions, leonard cohen
55. curtains, tindersticks
56. jorge palma, jorge palma
57. dos benefícios de um vendido no reino dos bonifácios, banda do casaco
58. the covers records, cat power
59. i see a darkness, bonnie prince billy
60. cerrado, christina rosenvinge
61. tender prey, nick cave & the bad seeds
62. uma outra estação, legião urbana
63. flightsafety, shannon wright
64. poses, rufus wainwright
65. long division, low
66. bairro do amor, jorge palma
67. to bring you my love, pj harvey
68. as meninas boas vão para o céu, as más para toda a parte, xana
69. domingo no mundo, sérgio godinho
70. wish you were here, pink floyd
71. mudam-se os tempos, mudam-se as vontades, josé mário branco
72. flores raras, christina rosenvinge
73. comum, três tristes tigres
74. acto contínuo, jorge palma
75. freewheelin' bob dylan, bob dylan
76. traz outro amigo também, josé afonso
77. ocean beach, red house painters
78. central reservation, beth orton
79. ocean songs, dirty three
80. is this desire?, pj harvey
81. ten small paces, ida
82. let love in, nick cave & the bad seeds
83. the night, morphine
84. mistery white boy, jeff buckley
85. in the aeroplane over the sea, neutral milk hotel
86. corações felpudos, mão morta
87. low birth weight, piano magic
88. red apple falls, smog
89. 69 love songs, magnetic fields
90. ii, tindersticks
91. stories from the city, stories from the sea, pj harvey
92. the times they are-a-changin', bob dylan
93. carnaval na obra, mundo livre s.a.
94. o elevador da glória, rádio macau
95. meus caros amigos, chico buarque
96. chansons noires, casse-pipe
97. de um tempo ausente, sétima legião
98. tigermilk, belle & sebastian
99. blood, this mortal coil
100. iv, led zeppelin
101. parachutes, coldplay
102. good morning spider, sparklehorse
103. if you're feeling sinister, belle & sebastian
104. winston park, dave fischoff
105. with gost, damon & naomi
106. oui, sea and cake
107. the braille night, ida
108. maps of tacit, shannon wright
109. worst case scenario, dEUS
110. mezzanine, massive attack
111. peace orchestra, peace orchestra
112. emperor tomato ketchup, stereolab
113. a place in the sun, friends of dean martinez
114. we're all in this alone, mendoza line
115. you're favourite music, clem snide
116. ederlezi, goran bregovic
117. cerco, xutos & pontapés
118. os homens não se querem bonitos, GNR
119. prima donna, radar kadafi
120. mundo de aventuras, ban
121. jesus não tem dentes no país dos banguelas, titãs
122. happiness, lisa germano
123. baile no bosque, trovante
124. loved, cranes
125. mutations, beck
01. morning lake forever, dakota suite 02. things we lost in the fire, low 03. it's a wonderful life, sparklehorse 04. primavera de destroços, mão morta 05. visita de estudo, três tristes tigres 06. amnesiac, radiohead 07. jorge palma, jorge palma 08. poses, rufus wainwright 09. the braille night, ida 10. protection spells, songs: ohia 11. her only nightgown (ep), kafka 12. jonathan david (ep), belle & sebastian 13. i might be wrong, radiohead 14. no more shall we part, nick cave & the bad seeds 15. soul jam, wray gunn 16. frozen pool, christina rosenvinge 17. flowers, echo & the bunnymen 18. white blood cells, white stripes 19. those who tell the truth shall die, those who tell the truth shall live forever, explosions in the sky 20. the glow, pt.2, microphones 21. a vida num só dia, rádio macau 22. dyed in the wool, shannon wright 23. como se diz eu te amo, legião urbana 24. pneumonia, whiskeytown 25. let it come down, spiritualized 26. whatever, mortal, papa m 27. seja você mesmo, mas não seja sempre o mesmo , gabriel o pensador 28. natural history, i am kloot 29. 10,000 hz legend, air 30. pleased to meet you, james
sem classificação e nesta selecção:
mário frei 2001, mário frei
álbuns que gostaria de ter ouvido melhor (fica para 2002) e, provavelmente, estariam nesta lista:
the ox & the rainbow, dave fischoff all is dream, mercury rev rain on lens, smog the world won't end, pernice brothers the ghost of fashion, clem snide the night is advancing, appendix out leaves turn inside you, unwound
ouvi nick cave, ao vivo, no morning becomes eclectic, da KCRW , durante quarenta horas seguidas, enquanto estudava para o exame de sociologia urbana. aconselho. a ouvir e a estudar ao som da voz e do piano.
afinal o exame era de sociologia rural. quando cheguei o cave continuava a cantar e a tocar.
(ele abre o concerto com uma versão voz, piano e violino da "mercy seat". seria um prenúncio? é uma versão amarga e doce ao mesmo tempo... nunca a tinha ouvido assim).
"...e tu maria, diz-me onde estás tu? qual de nós faltou hoje ao rendez vous? qual de nós viu a noite... até ser já quase de dia. é tarde, maria... toda a gente passou horas em que andou desencontrado.... como à espera do comboio, na paragem do autocarro..."
no final, encontro um canto. Maria está deitada sobre os seus braços enquando vasculha nos seus pés um desenho do dia anterior. um segredo diz-lhe que é a noite.