os filhos dos dias cinzentos. um quotidiano vazio. o mundo visto a partir de quartos fechados (virados para o mundo).
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:: domingo, fevereiro 24, 2002 ::


ontem comprei o meu primeiro cd em 2002. muito estranho para mim, comprar o primeiro álbum quando já passaram 54 dias do início do ano. a escolha recaiu sobre a "primavera de destroços" dos mão morta, álbum que já tinha, só que esta edição conta com o bónus do cd ao vivo e da sublime [nova] versão de estúdio do "chabala". já tinha visto este concerto, como vi outros da mesma altura. nada me surpreende, só que não vejo melhor maneira de começar um domingo repleto de sol... em braga.



:: rui 14:06 [+] ::





acima de tudo, mais do que colegas, somos amigos e só assim algo pode resultar daí. e está a resultar. e resultará se continuarmos todos a correr no mesmo sentido e mantendo uma estética que tem ser una.



:: rui 06:04 [+] ::




:: sábado, fevereiro 23, 2002 ::
Isto pode parecer arrogante. Pretensioso.

Estava agora a rever as fotos do encontro da semana passada. Olhando para os meninos do cais (onde eu estou incluído) e para os amigos que os rodeiam.
Há nos quatro moços (as duas raparigas não estavam lá) uma cumplicidade genuína. Os olhares são fiéis, os gestos simples, pouco complicados. Todos olhamos uns para os outros com sorrisos. Todos parecemos umas criancinhas. Inocentes. Mas não tanto como isso.
Se os nossos sonhos falam?, não sei. Talvez as nossas vozes, os nossos acordes falem por si mesmo. Mesmo quando há silêncio – os olhos estão lá marcá-lo, é para isso que servem. É a cumplicidade. Gonçalo, Iuri, Rui e Anas. A cumplicidade que nos une. Talvez empatia. É isso que me faz sorrir quando estou com vocês. Isso rompe com a amizade, faz algo de maior. A amizade conta, claro. Mas somos amigos, colegas. Mas sobretudo amigos. Mas para além de amigos há a cumplicidade, a empatia. Que nos une ainda mais e nos torna mais... bonitos, honestos.
É isto, por agora


:: Anónimo 16:33 [+] ::




:: sexta-feira, fevereiro 22, 2002 ::

camisola silente [entre só(i)s e não só]


- e se tu não fosses assim?
- "eu sou assim! o princípio do fim!"
- adonde é que estavamos (no início)?
- nas flores incendiadas do céu...
- a fuga é o único caminho! quando damos o primeiro passo?
- quando formos sábios - terrível !
- e a última palavra anónima?
- "eu tenho uma arma: chama-se AMOR"
- sim, chama-se amor, a última palavra, a última arma ... é esse o ponto final que se prolonga nas memórias infindáveis de maria, só. ante, durante, pós. é aí que entro, escorrego e . . .



:: Anónimo 04:40 [+] ::





camisola silente [entre só(i)s]


- para onde olhas?
- ar !
- como é que ocupas o teu tempo livre?
- crime !
- quem queres matar? (uma flor)
- frestas !
- o que vês para além das frinchas?
- azul sabor despenhado
- e se nos penteassemos?
- a vaidade e a razão são o horror pleno .
- e as sombras?
- alguém as convidou, são as paredes dos nervos, anuladas
- sem pontos finais, antónia



:: Anónimo 04:34 [+] ::




e se maria só também aparecesse para jantar?


" duas lanças de luz .
a unidade .
o choque .
e o improviso vidento.

no sedento __
a inércia
da delicadeza .

a vaidade e a razão
são o horror pleno . "


(maria só)




:: Anónimo 04:14 [+] ::





o jantar dos simples (VI)


ânsia,
desassossego,
rufam tambores...

solidão,
pesadelo...

perdi-me

aqui






:: Anónimo 04:10 [+] ::





o jantar dos simples (V)


um balão
cor de rosa
púrpura
um olhar digital
e...

uma mancha
do meu

café



:: Anónimo 03:59 [+] ::





o jantar dos simples (IV)


copos vazios
conversas cruzadas
lápis de cor
farinha
e...
uma bolINHA
de sabão

para

TIIIIIIIIIIIIIIIIII




:: Anónimo 03:52 [+] ::





o jantar dos simples (III)


água,
sol,
pegadas de sal...

risos perdidos
sonhos desconexos
antónias, antónimos
e rafaeis.




:: Anónimo 03:49 [+] ::





o jantar dos simples (II)


como calo o meu silêncio?


uma linha de luz,
o sangue ..
eu, tu ....

e (o) nada



:: Anónimo 03:43 [+] ::





o jantar dos simples (I)

olhares anónimos
reencontros vagarosos
a insónia

como o amor . . .





:: Anónimo 03:41 [+] ::





regressei... cansado.



:: rui 03:39 [+] ::




:: sexta-feira, fevereiro 08, 2002 ::

há uma cidade que dorme, enquanto fumo e tu me despes


as palavras preguiçosas
os papeis espalhados
pelo chão empoeirado
corpos que se cruzam
sobre a seda azul
os dedos entrelaçados
com outros dedos
lábios que se tocam
molhados
um coelho
que sai da cartola
na rua
um cego pede esmola
no quarto
os corpos suam,
sugam-se,
gemem
a carne estala

há uma cidade que dorme
enquanto fumo
e tu me despes
há um rosto que se esconde
enquanto vens
e vais

as verdades indiziveis
vestígios de mil polaroids
perdidas pelos cantos
o teu corpo nú
coberto por uma minúscula toalha
as roupas misturadas
com outras roupas
sonhos que se fundem
em ponta e mola
uma cerca
de arame farpado
na rua
os putos jogam à bola
no quarto
lençois molhados,
um corpo suado,
e um adeus
sem passado

há uma cidade que dorme
enquanto fumo
e tu me despes
há um rosto que se esconde
enquanto vens
e vais




:: rui 12:48 [+] ::




:: quinta-feira, fevereiro 07, 2002 ::

adoro receber telefonemas anónimos, de números privados, com ameaças de morte. adoro ainda mais as pessoas que os fazem. só é pena nunca deixarem de ser anónimos na vida.





:: Anónimo 21:10 [+] ::




:: domingo, fevereiro 03, 2002 ::
já é tardíssimo. acho que me vou deitar ... e ver se me vêm ideias à cabeça para acabar esta dificil, mas fodidamente bela canção de embalar.

já sinto o odor a lisboa a pairar. chega a hora do regresso e dos reencontros.

falta pouco [sinto-o]



:: rui 07:26 [+] ::




escrevi meia letra para uma música brilhante do gonçalo. já ouço a ana. já ouço a ana. já ouço a ana. já ouço a ana. sim, já ouço ana a cantar "abriu-se um sonho".




:: rui 07:22 [+] ::




:: sábado, fevereiro 02, 2002 ::
regressei de mais uma sexta feira à noite mística. tenho vontade de escrever uma canção. vou ouvir "abriu-se um sonho" :))



:: rui 20:53 [+] ::




:: sexta-feira, fevereiro 01, 2002 ::

hoje foi um dia estranho. passou demasiado rápido e, sem dar por isso, não fiz praticamente nada. li trinta e oito páginas para o exame de amanhã - ainda me faltam outras tantas - na última hora, mas parece-me estar sob controlo. ouvi sempre as mesmas coisas hoje. scout niblett e songs: ohia em paris, descobertos aqui e a certeza que quero ouvir o álbum da scout. é muito belo. pedações de chan marshall, misturados com pedacinhos de liz phair e pj harvey. ah, e giardini di mirò. grande, grande álbum. será companhia certa esta noite, embora também me apeteça ouvir superego. só mais uma vez.

esta semana passou muito rápido. enquanto esfreguei os olhos.

ana espero que estejas melhor *



:: rui 03:12 [+] ::